sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Introdução:


Este blog foi criado a partir do curso Comunicação Digital para Difusão da Educação Ambiental no município de Nova Ubiratã MT. Elaborado pelos alunos: Carla, Daianny, Felipe, Guillermo ;Stephani.

Atualmente muitas pessoas não tem conhecimento do modo correto de manusear com os devidos cuidados ocasionando vários prejuízos tanto financeiros como ambientais.   

 A partir deste blog esperamos ter um melhor desempenho na produção agrícola, com resultados mais lucrativos e menos prejudiciais ao meio ambiente. 
     
CLASSES DE AGROTÓXICOS


A Instrução Normativa nº 14, publicada no Diário Oficial da União pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estabelece que as bulas dos agrotóxicos deverão conter faixa toxicológica colorida até o final de dezembro.
O rótulo externo dos produtos sempre precisou ter a faixa toxicológica colorida. Agora, a mesma cor da caixa deve estar estampada na bula. “Na percepção, já que a cor é um dado importante para classificar o produto, também deverá constar junto às instruções de uso”, complementa o coordenador da área de agrotóxicos. A partir de hoje, as empresas detentoras de registro terão o prazo de 150 dias para adaptar as embalagens.







DESCARTE DE EMBALAGENS


Para os agricultores e administradores de propriedades agrícolas, o descarte correto de embalagens vazias de agrotóxicos não é apenas uma atitude consciente. Trata-se de estar em dia com a Lei 9.974/2000 e Decreto 4.074/2002, que afirma de forma explícita que as embalagens de agroquímicos, após o uso dos produtos, devem ser descartadas no prazo de um ano a partir da data da compra.
O descarte fora do prazo determinado em lei ou de forma incorreta pode implicar em multa para o agricultor, o revendedor e até o fabricante do agroquímico. Dependendo da gravidade do descaso, pode ocorrer até a detenção, uma vez que as irregularidades caracterizariam crime ambiental. Mas, ao que parece, os produtores brasileiros estão bastante conscientes: o Brasil é o líder do descarte correto de embalagens de agroquímicos, dando a correta destinação a 9% deste tipo de material.
Para quem ainda tem dúvidas, seguem abaixo todos os passos para que a lei seja cumprida e o Brasil continue dando um bom exemplo:
1 – Lavagem: é necessário, primeiro, esvaziar completamente as embalagens no tanque do pulverizador. Depois, deve-se adicionar água limpa em até um quarto do volume do frasco, tampe e agite por 30 segundos. Esta água também deve ser jogada no tanque do pulverizador. Repita a operação três vezes. Ela é chamada de tríplice lavagem.
2 – Após passarem pelo processo da tríplice lavagem, todas as embalagens devem ser inutilizadas (danificadas para que não sejam usadas como recipiente novamente). Para isso, corte o fundo da embalagem ou faça furos no fundo, atentando para ter a certeza de que ela não terá mais utilidade.
3 – Armazene os frascos lavados e inutilizados em um local adequado e verifique com o revendedor do produto se ele pode recolher as embalagens, ou se você deve levá-las até um local indicado, geralmente um posto de recebimento ou na própria loja.
4 – Todos os recipientes devolvidos – diretamente ou através da revenda – devem seguir para uma central de recebimento. As embalagens passam por um novo tratamento e de lá, seguem em blocos compactados e prensados para as indústrias recicladoras.
5 – É muito importante nunca se esquecer de guardar o comprovante de devolução das embalagens. Este documento deve ser apresentado sempre que a fiscalização for até a propriedade.
http://www.pensamentoverde.com.br/












FALANDO MAIS SOBRE AGROTÓXICOS
Desde a Revolução Verde, na década de 1950, o processo tradicional de produção agrícola sofreu drásticas mudanças, com a inserção de novas tecnologias, visando a produção extensiva de commodities agrícolas. Estas tecnologias envolvem, quase em sua maioria, o uso extensivo de agrotóxicos, com a finalidade de controlar doenças e aumentar a produtividade.
Segundo a legislação vigente, agrotóxicos são produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, utilizados nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, pastagens, proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais.
O agrotóxico visa alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos. Também são considerados agrotóxicos as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento.
Os agrotóxicos podem ser divididos em duas categorias:
1. Agrícolas, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens e nas florestas plantadas - cujos registros são concedidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atendidas as diretrizes e exigências dos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente.
2. Não-agrícolas:
- destinados ao uso na proteção de florestas nativas, outros ecossistemas ou de ambientes hídricos - cujos registros são concedidos pelo Ministério do Meio Ambiente/Ibama, atendidas as diretrizes e exigências dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Saúde.
- destinados ao uso em ambientes urbanos e industriais, domiciliares, públicos ou coletivos, ao tratamento de água e ao uso em campanhas de saúde pública - cujos registros são concedidos pelo Ministério da Saúde/Anvisa, atendidas as diretrizes e exigências dos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente.

Agrotóxicos e meio ambiente:
O comportamento do agrotóxico no ambiente é bastante complexo. Quando utilizado um agrotóxico, independente do modo de aplicação, possui grande potencial de atingir o solo e as águas, principalmente devido aos ventos e à água das chuvas, que promovem a deriva, a lavagem das folhas tratadas, a lixiviação e a erosão. Além disso, qualquer que seja ocaminho do agrotóxico no meio ambiente, invariavelmente o homem é seu potencial receptor.
A complexidade da avaliação do comportamento de um agrotóxico, depois de aplicado deve-se à necessidade de se considerar a influência dos agentes que atuam provocando seu deslocamento físico e sua transformação química e biológica. As substâncias sofrem processos físicos, ou químicos ou biológicos, os quais podem modificar as suas propriedades e influenciar no seu comportamento, inclusive com a formação de subprodutos com propriedades absolutamente distintas do produto inicial e cujos danos à saúde ou ao meio ambiente também são diferenciados.

Agrotóxicos no Brasil:
Os agrotóxicos são considerados extremamente relevantes no modelo de desenvolvimento da agricultura no País. O Brasil é o maior consumidor de produtos agrotóxicos no mundo. Em decorrência da significativa importância, tanto em relação à sua toxicidade quando à escala de uso no Brasil, os agrotóxicos possuem uma ampla cobertura legal no Brasil, com um grande número de normas legais. O referencial legal mais importante é a Lei nº 7802/89, que rege o processo de registro de um produto agrotóxico, regulamentada pelo Decreto nº 4074/02.

Os agrotóxicos, para serem produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados devem ser previamente registrados em órgão federal, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura.
O Ibama realiza a avaliação do potencial de periculosidade ambiental de todos os agrotóxicos registrados no Brasil.

Segundo a Lei 7.802/89, artigo 3º, parágrafo 6º, no Brasil, é proibido o registro de agrotóxicos:
a) Para os quais o Brasil não disponha de métodos para desativação de seus componentes, de modo a impedir que os seus resíduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e à saúde pública;
b) para os quais não haja antídoto ou tratamento eficaz no Brasil;
c) que revelem características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade científica;
d) que provoquem distúrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e experiências atualizadas na comunidade científica;
e) que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratório, com animais, tenham podido demonstrar, segundo critérios técnicos e científicos atualizados;
f) cujas características causem danos ao meio ambiente.

No Brasil, casos de intoxicação ainda são frequentes

O principal problema dos agrotóxicos, todo mundo sabe, é a intoxicação, tanto do homem quanto dos animais e do meio ambiente. Em nossa matéria especial sobre o uso de agrotóxicos, falamos de problemas que podem ser causados pelo uso desse tipo de substância. Mas em alguns casos, a seriedade é muito maior do que se poderia imaginar.
Ao longo dos anos, “acidentes” com agrotóxicos causaram graves problemas ambientais e de saúde por todo o mundo. Os casos vão desde a intoxicação de trabalhadores durante o processo de produção, até a intoxicação de cidades inteiras.
Um dos casos mais famosos aconteceu na cidade de Anniston, no estado norte-americano do Alabama, onde as atividades de uma grande empresa de tecnologia agropecuária causaram a intoxicação de toda população.
Entre os anos de 1929 e 1971, a produção de agrotóxicos que possuem bifenilpoliclorado (PCB) em sua composição, levou à intoxicação de toda cidade. Muitos de seus moradores desenvolveram câncer, hepatite, diabetes e, eventualmente, tiveram morte dias após o ocorrido.
Problemas brasileiros
Seja pela falta de fiscalização, pela fragilidade legislativa ou qualquer outro motivo, problemas envolvendo a venda, o registro e a utilização de agrotóxicos ainda são comuns no Brasil.
Em um dos casos mais recentes, um profissional da Agência Nacional de Vigilância Sanitária foi demitido após descoberta de irregularidades no sistema de registro de agrotóxicos junto ao órgão, onde produtos mais tóxicos que seus similares disponíveis no mercado eram autorizados a serem vendidos.
A venda ilegal de agrotóxicos é outro problema. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), apenas em 2011, asapreensões de produtos falsificados e contrabandeados chegaram a 55 toneladas, um aumento de 73% em relação ao ano anterior. No período entre 2001 e 2011, foram apreendidas 452 toneladas.
A fabricação de pesticidas também é um problema grave. No início do ano de 2013, duas empresas multinacionais entraram em um acordo para pagamento de indenização da ordem de R$ 200 milhões, em um caso envolvendo cerca de mil trabalhadores contaminados por substâncias cancerígenas, entre 1974 e 2002, numa fábrica de pesticidas em Paulínia, no interior de São Paulo.
O caso de Lucas do Rio Verde
Um dos casos mais graves da história é um dos menos mencionados. Em 2006, os moradores e animais da cidade de Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, foram vitimas de intoxicação causada pela pulverização aérea do agrotóxico paraquat, proibido em diversos países e na União Europeia.
O produto, que era aplicado na produção agrícola da região, foi levado pelos ventos até a cidade, causando diversos problemas. Mas após estudos realizados pelo Dr. Wanderlei Pignati, da Universidade Federal do Mato Grosso, foi descoberto que os problemas eram ainda maiores que o esperado.
Os moradores de Lucas do Rio Verde apresentaram problemas os mais diversos. Amostras de leite materno mostraram que 100% do material analisado tinha algum tipo de composto químico tóxico, incluindo o DDT, proibido desde 2009 no Brasil e, desde 1972, nos EUA, e o endosulfan, hoje também proibido no Brasil. Outros sintomas apresentados foram a má formação fetal, indução ao aborto, desregulamento do sistema endócrino, e o desenvolvimento de câncer.
Os dados também apontam para diversos problemas que poderão ser enfrentados por bebês, como dificuldades no desenvolvimento cognitivo e má formação física. Foram registrados também casos de vômito, diarreia e alergia de pele em crianças e idosos.
MANEIRAS DE ADUBAÇÃO ORGÂNICAS 
O que é compostagem? E como ela acontece?
A compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico. Trata-se de um processo natural em que os micro-organismos, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica. A técnica de compostar ajuda na redução das sobras de alimentos, tornando-se uma solução fácil para reciclar os resíduos gerados em nossa residência.
O processo de compostagem acontece em fases, sendo elas muito distintas umas das outras. Suas principais características são:
1ª) Fase mesofílica: nessa fase, fungos e bactérias mesófilas (ativas a temperaturas próximas da temperatura ambiente), que começam a se proliferar assim que a matéria orgânica é aglomerada na composteira, são de extrema importância para decomposição do lixo orgânico. Eles  vão metabolizar principalmente os nutrientes mais facilmente encontrados, ou seja, as moléculas mais simples. As temperaturas são moderadas nesta fase (cerca de 40°C) e ele tem duração de aproximadamente de 15 dias.
2ª) Fase termofílica: é a fase mais longa,e pode se estender por até dois meses, dependendo das características do material que está sendo compostado. Nessa fase, entram em cena os fungos e bactérias denominados de termofilicos ou termófilos, que são capazes de sobreviver a temperaturas entre 65°C e 70°C, à influência da maior disponibilidade de oxigênio - promovida pelo revolvimento da pilha inicial. A degradação das moléculas mais complexas e a alta temperatura ajudam na eliminação de agentes patógenos.
3ª) Fase da maturação: a última fase do processo de compostagem, e que pode durar até dois meses. Nessa fase há a diminuição da atividade microbiana, juntamente com as quedas de gradativas de temperatura (até se aproximar da temperatura ambiente) e acidez, antes observada no composto. É um período de estabilização que produz um composto maturado. A maturidade do composto ocorre quando a decomposição microbiológica se completa e a matéria orgânica é transformada em húmus, livre de toxicidade, metais pesados e patógenos.
O produto gerado a partir desse processo de degradação recebe o nome de composto orgânico, que é um material estável, rico em substâncias húmicas e nutrientes minerais, que pode ser utilizado em hortas, jardins e para fins agrícolas, como adubo orgânico, devolvendo à terra os nutrientes de que necessita, e evitando o uso de fertilizantes sintéticos.
Breve história da compostagem
A compostagem não é uma prática nova, mas está ganhando popularidade ao passo que há uma tendência maior de preocupação com a sustentabilidade. Há muito tempo agricultores já utilizavam o método de reciclagem do lixo doméstico para obtenção de fertilizante orgânico.
No oriente médio, principalmente na China a compostagem vem sendo aplicada há alguns séculos. Já no ocidente, ficou conhecida em 1920, a partir dos primeiros experimentos de Sir Albert Howard. O Inglês Howard era considerado pai da agricultura, pois foi autor do primeiro método de compostagem na província Indiana de Indore, onde tentou efetuar a compostagem com resíduos de uma só natureza e concluiu que era necessário misturar diversos tipos.
Também na Europa, a técnica era usada durante os séculos XVIII e XIX pelos agricultores que transportavam os seus produtos para as cidades em crescimento e, em troca, regressavam às suas terras com os resíduos sólidos urbanos das cidades para utilizá-los como corretivos orgânicos do solo. Assim, os resíduos eram quase completamente reciclados por meio da agricultura.
Ao passar do tempo, a expansão das áreas urbanas, o aumento populacional e do consumo alteraram os métodos de depósito, gestão dos resíduos sólidos e, principalmente, a qualidade dos mesmos, que acabaram tornando-se cada vez mais inadequados para o processo de compostagem. Logo, a técnica perdeu popularidade. Entretanto, nos dias de hoje, com a pressão para a utilização de métodos direcionados para a preservação do meio ambiente, há um novo interesse em compostar os restos de comida em casa como uma solução para a redução do volume de resíduos domésticos que são encaminhados para os aterros.
Esse hábito ainda pode fornecer uma opção saudável de adubo orgânico para plantas e hortas. Com isso, cada vez mais pessoas querem colocar a mão na massa e fazer a sua própria compostagem.
O que é uma composteira?
A composteira nada mais é do que o lugar (ou a estrutura) próprio para o depósito e processamento do material orgânico. É nesse local que irá ocorrer a compostagem, a transformação desse lixo orgânico em adubo.
A composteira pode assumir diversos formatos e tamanhos - isso depende do volume de matéria orgânica que é produzida e também do espaço livre disponível para sua alocação, mas todas têm a mesma finalidade. As composteiras podem ser instaladas em casas e apartamentos e podemos encontrar tipos que contemplam, além da questão do tamanho, também a questão de preço e custo, sendo que, de qualquer forma, a compostagem caseira é uma ótima iniciativa. Fora isso, ao longo dos anos, foram desenvolvidas pelo homem técnicas capazes de acelerar e estimular esse processo natural. Muitas dessas técnicas envolvem o uso de outros agentes, também naturais, como o uso de minhocas californianas (espécie Eisenia  foetida mais indicada para o processo), que daí recebe o nome de vermicompostagem (outro tipo de compostagem), técnica que é amplamente utilizada na forma das composteiras domésticas.
Outro tipo de composteira que pode ser utilizada é a composteira automáticaque envolve uma maior praticidade, pois a decomposição é mais rápida e, ao invés de minhocas, utiliza poderosos micro-organismos patenteados (dentre eles, o Acidulo TM), capazes de se multiplicarem em altas temperaturas, alta salinidade e acidez. Com isso, é possível inserir alimentos ácidos, carne, ossos, espinhas de peixe, frutos do mar, ao contrário da vermicompostagem. Nessa última,  também não se recomenda a deposição em excesso de gorduras e laticínios, pois retardam a decomposição. Também existem resíduos que não vão para nenhum dos tipos de composteira, porém devemos destinar corretamente. Para isso, confira essa matéria especial sobre o que fazer com o que não vai para a composteira.
Ao identificar o melhor tipo de processo (compostagem ou vermicompostagem) e de composteira para sua casa, família e orçamento, muitas pessoas ainda têm uma dúvida: se a composteira caseira é higiênica. Essa dúvida é recorrente devido existência de chorume e pela necessidade de lidar com restos de alimentos que podem exalar mau odor e atrair animais. O fato de haver minhocas nas composteiras também assusta. Mas esse receio não tem muito fundamento. 



Fatores que influenciam na geração e na qualidade do composto
São muitos os fatores que podem influenciar na quantidade e qualidade dos compostos gerados durante a compostagem, os principais são os seguintes:
• Organismos: a transformação da matéria orgânica bruta para húmus é um processo, basicamente, microbiológico, operado principalmente por fungos e bactérias, que, durante as fases da compostagem, alternam espécies de micro-organismos envolvidos. Também há a colaboração da macro e mesofauna, como minhocas, formigas, besouros e ácaros, durante o processo de decomposição;
• Temperaturaum dos fatores de grande importância no processo de compostagem. Esse processo de decomposição da matéria orgânica por micro-organismos se relaciona diretamente à temperatura, por meio de micro-organismos que produzem o calor, pela metabolização da matéria orgânica, estando a temperatura relacionada a vários fatores, como materiais ricos em proteínas, baixa relação carbono/nitrogênio, umidade e outros. Materiais moídos e peneirados, com granulometria mais fina e maior homogeneidade, originam uma melhor distribuição de temperatura e menor perda de calor;
• Umidade: a presença de água é fundamental para o bom desenvolvimento do processo, pois a umidade garante a atividade microbiológica, isso se deve porque, entre outros fatores, a estrutura dos micro-organismos consiste de aproximadamente 90% de água e, na produção de novas células, a água precisa ser obtida do meio, ou seja, neste caso, da massa de compostagem. Porém, a escassez ou o excesso do líquido pode desacelerar a compostagem - se houver excesso, é necessário acrescentar matéria seca, como serragem, que é a melhor indicação para isso.
A faixa de umidade ótima recomendada para se obter um máximo de decomposição está próxima de 50%, devendo haver uma maior atenção ao teor de umidade durante a fase inicial, pois esta precisa de uma adequação do suprimento de água para promoção do crescimento dos organismos biológicos envolvidos no processo e para que as reações bioquímicas ocorram no tempo certo, durante o processo de compostagem;
• Aeração: no processo de compostagem, é possível dizer que a aeração é o fator mais importante a ser considerado, isso porque o arejamento evita a formação de maus odores e a presença de insetos, como as moscas de frutas, por exemplo, o que é importante tanto para o processo como para o meio ambiente. Também deve-se levar em contra que, quanto mais úmida está a massa orgânica, mais deficiente será sua oxigenação. É recomendado que o primeiro revolvimento seja feito em duas ou três semanas após o início do processo, pois esse é o período em que se exige a maior aeração possível. Em seguida, o segundo revolvimento deve ser feito aproximadamente três semanas após o primeiro, e dez semanas após o inicio de processo de compostagem deve ser feito o terceiro revolvimento para uma incorporação final de oxigênio.
Uma massa orgânica com uma dose apropriada de nitrogênio e carbono ajuda no crescimento e a atividade das colônias de micro-organismos envolvidos no processo de decomposição, possibilitando a produção do composto em menos tempo. Sabendo que os micro-organismos absorvem o carbono e o nitrogênio numa proporção de 30 partes de carbono para uma parte de nitrogênio, ou seja, uma razão de 30/1, essa é a proporção ideal para o material orgânico depositado na composteira, mas também são recomendados valores entre 26/1 e 35/1, como sendo as relações C/N mais propícias para uma rápida e eficiente compostagem.
Resíduos com relação C/N baixa (C/N<26/1) são pobres em carbono e perdem nitrogênio na forma amoniacal durante o processo de compostagem. Nesse caso, recomenda-se juntar restos vegetais celulósicos, como serragem de madeira, sabugo e palha de milho e talos e cachos de banana, ricos em carbono, para elevar a relação a um valor próximo do ideal. No caso contrário, ou seja, quando a matéria-prima possui relação C/N alta (C/N>35/1), o processo de compostagem torna-se mais demorado e o produto final apresentará baixos teores de matéria orgânica. Para corrigir esse erro, deve-se acrescentar materiais ricos em nitrogênio, como folhas de árvores, gramíneas e e legumes frescos.
Além do que até aqui mencionado, outros cuidados recomendados estão relacionados ao local onde a composteira estará alocada: o preparo prévio do material orgânico, a quantidade de material a ser compostado e as dimensões das leiras (quando a compostagem é feita em leiras, pilhas de resíduos em linha). Você também deve tomar cuidado com quais materiais orgânicos colocar na sua composteira, como por exemplo, no caso da vermicompostagem, onde há restrições a alguns tipos de alimentos já mencionados e também devendo-se evitar a deposição em excesso de frutas cítricas, cebola ou alho, pois 
alteram o pH do composto.

Importância para o meio ambiente e para a saúde da população

Segundo dados do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o material orgânico corresponde a cerca de 52% do volume total de resíduos produzidos no Brasil e tudo isso vai parar em aterros sanitários, onde são depositados com os demais e não recebem nenhum tipo de tratamento específico.
O uso da compostagem traz muitas vantagens para o meio ambiente e para a saúde pública, seja aplicada no ambiente urbano (domésticos ou industriais) ou rural. A maior vantagem que pode ser citada é que, no processo de decomposição da compostagem, ocorre somente a formação de dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2), água (H2O) e biomassa (húmus). Por se tratar de um processo de fermentação que ocorre na presença de oxigênio (aeróbico), permite que não ocorra a formação de gás metano (CH4), gerado nos aterros por ocasião da decomposição destes resíduos, que é altamente nocivo ao meio ambiente e muito mais agressivo, pois é um gás de efeito estufa cerca de 25 vezes mais potente que o gás carbônico - e mesmo que alguns aterros utilizem o metano como energia, essas emissões contribuem para o desequilíbrio do efeito estufa, influência humana potencialmente determinante das mudanças climáticas.
Adicionalmente, ao diminuirmos a quantidade de lixo destinado aos aterros, haverá, por consequência, uma economia nos custos de transporte e de uso do próprio aterro, ocasionando o aumento de sua vida útil. Outra vantagem é a redução do passivo ambiental, que é o conjunto de obrigações que as empresas têm com o meio ambiente e sociedade, ou seja, quando as empresas ou indústrias geram algum tipo de passivo ambiental, também têm que gerar investimentos para compensar os impactos causados à natureza. Assim, com a compostagem, reduzem o lixo produzido, pois ele faz parte do passivo ambiental das empresas e indústrias.
Além de tudo que percorremos até aqui, a compostagem promove a valorização de um insumo natural e ambientalmente seguro, adubo orgânico, atuante sobre a reciclagem dos nutrientes do solo e no reaproveitamento agrícola da matéria orgânica, assim evitando o uso de fertilizantes inorgânicos, formados por compostos químicos não naturais, cujos mais comuns levam em sua composição substâncias como nitrogênio, fosfatos, potássio, magnésio ou enxofre , cujos efeitos, sobretudo os fertilizantes nitrogenados, se apresentam igualmente nocivos ao desequilíbrio do efeito estufa. Também é possível mencionar os riscos que esses fertilizantes podem trazer devido à presença de metais pesados em sua composição.




sexta-feira, 8 de agosto de 2014

                                            

Riscos da Escolha Errada


Quem deve escolher o tipo de agrotóxico a ser utilizado é o Engenheiro Agrônomo (através do uso doReceituário Agronômico) e não o seu revendedor ou o agricultor, por mais experientes que sejam estes últimos. Mesmo assim, apenas um pequeno e seleto grupo desses Profissionais, está legal e tecnicamente habilitado a receitá-lo.
Entre os riscos e prejuizos do agricultor quando da escolha errada do produto, relacionamos os seguintes:
  • Ineficácia pela troca: inseticida em vez de nematicida, por exemplo;
  • Uso de produtos cuja venda esteja proibida no País;
  • Uso de produtos mais tóxicos do que o necessário;
  • Formulação inadequada: líquido em vez de pó, por exemplo;
  • Dosagem superior ou inferior à necessária;
  • Desinformação quanto ao período de carência; e
  • Uso inadequado da técnica de aplicação.

Riscos no Manuseio Errado

Além da aplicação do agrotóxico no campo, esta é a outra oportunidade em que o agricultor entra em contato direto com o produto.

Um dos maiores problemas nessa fase da aplicação do agrotóxico é o não atendimento das recomendações do fabricante do produto quanto ao manuseio correto e leitura da bula. É aqui que encontramos os problemas: quando o agricultor não é analfabeto, sente dificuldades de interpretar as orientações contidas no rótulo do produto.
Assim, entre os riscos de um manuseio inadequado do(s) produto(s), destacamos:
  • Não uso ou uso ineficaz dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI;
  • Mistura de produtos incompatíveis ou perigosos (pela reação química inesperada);
  • Descuido ou inabilidade do agricultor, provocando respingos desnecessários;
  • Uso das mãos (sem luvas) diretamente em contato com o produto químico;
  • Uso do cigarro ou de alimentos durante o processamento da mistura; e
  • Destino inadequado dos restos, água de lavagem e embalagens do produto.

Recomendações para o Manuseio

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A maioria dos acidentes com agrotóxicos ocorre, justamente, durante o seu manuseio: no preparo da calda e na aplicação do produto no campo. Daí a necessidade do agricultor procurar um Engenheiro Agrônomo, para que este, recomende o produto adequado, a formulação correta e a técnica de aplicação mais indicada.
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Um engano comum é pensar que o aumento da dosagem (ou o preparo do produto mais concentrado) vai resolver o problema (da praga ou doença da planta) mais rápido. Saiba que o uso de um produto mais tóxico do que o necessário, pode colocar em risco (de intoxicação) as pessoas, os animais, o meio ambiente e a própria planta. Assim, prepare somente a quantidade necessária à aplicação a ser feita. Nunca prepare o produto para deixar armazenado para a próxima aplicação. Siga as dosagens indicadas no rótulo ou as instruções de um Técnico.
Outras recomendações para o manuseio correto dos agrotóxicos, antes da sua aplicação na lavoura, são:

1 - Utilize os Equipamentos de Proteção Individual - EPI´s indicados no rótulo do produto;

2 - Para abrir as embalagens, use o abridor adequado, em vez de improvisar com talhadeiras, formões, canivetes, etc.

3 - Ao misturar a calda, utilize um pedaço de madeira ou um misturador adequado e/ou luvas impermeáveis;

4 - Mantenha o produto em sua embalagem original, evitando colocá-lo em recipientes que não possam ser identificados facilmente pelas demais pessoas;

5 - Não reaproveite as embalagens dos produtos químicos, principalmente como depósito de água;

6 - Siga rigorosamente o PERÍODO DE CARÊNCIA do produto;


7 - Para colocar o líquido no pulverizador, use um funil adequado pata evitar a contaminação do local;

8 - Não use pulverizador com defeito ou vazamentos e não desintupa os bicos com a boca;

9 - Não permita que pessoas fracas, idosas, crianças, gestantes, doentes ou destreinadas, apliquem agrotóxicos;

10 - Se ventar durante o trabalho, caminhe numa direção que faça com que o vento carregue o produto para longe do seu corpo;

11 - Mantenha a distância de, pelo menos, 15 m de distância dos demais trabalhadores do local;
12 - Se durante o trabalho o produto atingir o seu corpo desprotegido, lave imediatamente a parte atingida com água corrente e sabão. Ao terminar o serviço, tome um belo banho e ponha para lavar as roupas e demais EPI´s.


http://www.capitalfm.com.br/2014/06/24/seminario-vai-debater-riscos-a-saude-no-uso-de-agrotoxicos/
http://familiaaruanda.blogspot.com.br/2011/03/plantios-desastrosos-colheitas.html
http://crayonstock.com/fotos/pulverizao-em-plantao-de-algodo-/12433
http://www.insumosagronegocios.com.br/novo/?page_id=121
http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,ERT332287-18283,00.html
http://www.opresenterural.com.br/caderno.php?c=4

Para mais informações acesse: